Estamos indo de volta pra casa!

Foi pouco tempo, mas aproveitamos! Agora já é chegada a hora de pegar a estrada de volta. Decidimos voltar pela Ruta 8, que liga Montevidéu a Rio Branco. No total a viagem encurta em 40 km, mas não foi esse o motivo da escolha. Era simplesmente para mudar o caminho mesmo. Entre arrumar as malas, tomar café, procurar o ninho (É! O coelhinho deixou um ninho para a Lolo no quarto da Tia Ju e do Tio Aie), conseguimos sair do hotel próximo das 11hs! Saímos em direção leste e passamos por Carrasco.

O coelho foi a Montevidéu também!

Entramos no bairro para uma breve recorrida. Realmente é uma região de lindas casas, muito parecido com o conceito de condomínios fechados, mas nesse casa aberto!

Fomos em direção ao Aereporto e dali tomamos a Ruta 8. As estradas uruguais são muito vazias. Praticamente não vemos caminhões e os carros são bem raros. A primeira cidade que cruzamos foi Pando. Passamos reto, não havia o pq parar. Apenas 100 Km mais a frente é que decidimos parar para abastecer (o litro da gasolina no Uruguai é mais caro, sai mais ou menos R$ 3,00). Estávamos na cidade de Minas. Ao lado do posto havia uma parrillada, mas decidimos seguir viagem pois não estávamos com tanta fome. Comemos umas guloseimas e pegamos a estrada novamente, destino Trinta y Tres. Sabem o pq do nome? Eu explico, com a ajuda do Tio Aie. É o seguinte.... parece que é um "pueblo" de pessoas muito valentes, que pela valentia foram homenageadas. Reza a lenda que foram "Trienta y tres valientes Uruguayos muertos cobardemente por un Brasilero!". Não tenho certeza, mas acho que a lenda foi criada por algum brasileiro, será? Bom, bem-vindos a 33! Boa Viagem. Essas são as placas, localizadas praticamente uma ao lado da outra. Entramos na cidade com a idéia de que poderíamos almoçar. Ledo engano. Não havia nada. Parecia cidade fantasma. Nem as moscas estavam voando. Faroeste total. Demos meia-volta e.... estrada novamente. Agora o destino era Rio Branco. Lá nós tínhamos certeza que alguma coisa faríamos... comprar!

Entre Trienta y Tres e Rio Branco, a Lolo ficou "verde" e "gumitou". Ainda bem que já estávamos preparados. Ela já havia dado sinais de que a coisa tava ficando verde. Na hora do "gumito" foi uma correria dentro do carro. O Aiê se virou e quase saiu pela janela (com razão. Numa volta de SC ela já tinha sofrido o golpe de uma golfada Polsterigait nas costas). Dessa vez ele foi ágil, assim como a Ecléia que mesmo dormindo conseguiu reagir a tempo e colocar a sacola plástica na boca da Lolo. A Ju foi a mais afetada. Eu só tinha duas coisas a fazer. Parar o caro e descer para registrar o momento. Foi o que fiz, mesmo sendo duramente criticado. Depois de usar tudo o que tínhamos de água (até a do mate) e os shampoos comprados no Chuy, limpamos tudo e seguimos viagem. A Lolo já estava bem.

Parada estratégica para passgeira "verde"

Mais uma foto do momento "verde" da viagem.

Chegamos na fronteira por volta das 17:30hs. Passamos pela Aduana, carimbamos os passaportes e fomos em direção a zona de livre comércio. Logo na chegada um pequeno imprevisto. Fui multado por fazer um contorno indevido. Armadilha da polícia Uruguaia para tomar um dinheirinho fácil de brasileiros. Mas, faz parte! Depois de uma pequena discussão com o agente de fiscalização de transito de Rio Branco, o Tio Aiê teve que ir até o posto de arrecadação pagar os P$820 (equivalente a R$ 82,00). Voltou rápido para poder comprar suas cervejas. As gurias já estavam carregadas novamente. E eu esperava em frente a delegacia. Após a chegada do Aiê o grupo se dividiu. Ele a Ju e a Ecléia foram as compras e eu foi até o único restaurante aberto pedir alguma coisa para comer. A Lolo estava junto com a Ecléia, em busca de um pequeno Pônei. Enquando eu aguardava as pizzas, iam chegando ao restaurante sacolas seguidas pelo Aiê, pela Ju, pela Ecléia e até pela Lolo. As pizzas chegaram em meio a esta confusão e o pessoal ia comendo a medida que tinha uma folga das compras.

Depois desse almoço/janta, tentamos colocar tudo no carro. Não era fácil, pois já estava lotado, mas finalmente conseguimos. Eram 5 pessoas, litros de cerveja, brinquedos, 3 latas de azeite, entre otras cositas más. Não dava nem para se mexer. Vendo a situação, eu tomei uma decisão: vou dirigir até POA. Claro. Eu estava no melhor lugar do carro!

Cruzamos a ponte e fomos em direção a POA. A esta altura estávamos muito cansados e a única coisa a fazer era contar os kilômetros que faltavam para chegar. Pegamos um pouco de chuva no caminho, mas a viagem foi bem tranquila. Em um dado momento perguntamos para a Lolo do que ela tinha gostado mais na viagem. Depois de alguns segundos pensando... ela disse com um sorriso encantador... gostei de comprar os brinquedos! Coisinha mais fofa!

Só paramos para abastecer, mas já estávamos quase em Guaiba. A visão de Porto Alegre nos rejuveneceu. Mesmo que já estivesse passando das 23hs, estávamos aliviados. Fomos direto para a casa da tia Ju e do tio Aiê. Entramos na garagem e descarregamos o carro, dividindo aquele monte de sacolas com coisas que nem lembrávamos que tínhamos comprado. É isso mesmo essa é a sensação de quem passa pela fronteira para comprar.

Bom. Chegamos em segurança. Prontos para desfaser as malas e certos de que a viagem valeu muito a pena. Já estamos pensando numa próxima, cujo destino final é Assunção no Paraguay. Veremos.....

Imagem do Uruguay. Mate e campo!